Hino a Apolo

Apolo, deus da flecha prateada,
da máxima beleza e da alvorada,
de passo firme e descalço a sagrada
terra dos bosques sentis orvalhada.

Sabeis, alto respeito e devoção
vos guardam os solos em reverência.
Umedecem teus pés para que não
sintais o árido caminhar dos mortais.

E quando andais, as folhagens não tocam
grosseiramente a perfumada cútis
mas, enquanto atravessais, se deslocam
pelas monções enviadas por Tétis.

Apolo, deus da flecha prateada,
da máxima beleza e da alvorada,
de passo firme e descalço a sagrada
floresta vos recebe extasiada.

Vedes os brotos como homens nascidos
ansiando vossa cálida luz.
Decidis erguê-los adormecidos
ainda outrora, aura que agora seduz.

Em um tronco uma orquídea encontrais
e nele vós com conforto vos sentais,
e os implacáveis rugidos ferais
a lira converte em rima celeste.

Apolo, deus da flecha prateada,
da máxima beleza e da alvorada,
de passo firme e descalço a sagrada
canção tocais com as Musas amadas.

Axel Mirrodin
Escritor
Aluno da Turma XXI

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